O ministro do Meio Ambiente da Noruega descartou a proibição da pesca em viveiros abertos no mar, apesar do risco crescente para a população de salmões selvagens do Atlântico Norte. O governo reconhece que os salmões nativos estão enfrentando uma ameaça existencial, com a população de peixes selvagens caindo de mais de um milhão na década de 1980 para cerca de 500 mil atualmente.
A Noruega, maior produtora mundial de salmão cultivado, exporta anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas desse peixe. Embora o setor seja um pilar fundamental da economia do país, o impacto das fazendas de salmão sobre os ecossistemas marinhos está gerando crescente preocupação. As práticas de cultivo em viveiros abertos são apontadas como responsáveis pela disseminação de doenças e parasitas, como o piolho do peixe, que afetam os salmões selvagens.
Apesar das evidências dos danos ambientais, o governo norueguês está buscando formas de encontrar um equilíbrio entre a produção de salmão e a preservação das populações de salmões nativos. As autoridades estão analisando níveis de poluição que possam ser considerados “aceitáveis”, com o objetivo de manter a indústria em funcionamento sem comprometer a sustentabilidade ambiental. A busca por soluções mais equilibradas para a aquicultura continua sendo uma prioridade.