A startup sueca Northvolt, que afirma operar a primeira gigafábrica de baterias “nativa” da Europa, revelou que depende de fornecedores chineses para um componente essencial de suas baterias. A empresa, que buscava reduzir sua dependência de fornecedores externos, não conseguiu produzir o material ativo de cátodo de forma independente em sua fábrica Northvolt Ett, localizada em Skellefteå, no norte da Suécia.
A falha na produção do material em questão foi destacada em um programa de documentário da SVT, a emissora pública sueca, que será transmitido nesta quarta-feira. O episódio expõe as dificuldades da Northvolt em construir uma cadeia de suprimentos completamente autossustentável, destacando as limitações enfrentadas pela empresa no processo de fabricação local do material, essencial para as baterias de íon-lítio.
A dependência de fornecedores de países como a China é vista como um desafio para a indústria de baterias na Europa, já que a produção local busca minimizar os riscos geopolíticos e melhorar a segurança no fornecimento. A situação de Northvolt reflete as complexidades de expandir a capacidade de fabricação de baterias no continente, especialmente em um setor altamente competitivo e dependente de materiais específicos.
