A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva abre uma vaga na presidência do PT, partido que ela liderava. A mudança está inserida no contexto de uma reformulação ministerial que deve continuar após o Carnaval. Gleisi tomará posse no cargo de ministra em 10 de março, mas para isso, precisará renunciar à presidência do PT antes dessa data. A movimentação no partido ocorre enquanto o governo tenta ajustar sua articulação política no Congresso.
Com a vacância na presidência do PT, começam a surgir especulações sobre quem assumirá o comando temporário da sigla. O senador Humberto Costa é um dos nomes mais fortes, com o apoio de diversos membros do partido. Outros líderes, como José Guimarães, atual líder do governo na Câmara, também são cotados, mas sua permanência no cargo de liderança pode ser afetada por uma possível realocação para um ministério. A decisão sobre a presidência interina do PT deve ser tomada na segunda semana de março pela comissão executiva do partido.
Em paralelo, a reforma ministerial já trouxe outras mudanças no governo, como a substituição de Nísia Trindade no Ministério da Saúde por Alexandre Padilha, que deixou a SRI para assumir a pasta. Essas movimentações fazem parte do esforço contínuo do governo para fortalecer sua base política e ampliar a popularidade do presidente Lula, com destaque para o trabalho de Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social, cargo que ocupa desde janeiro.