Em janeiro, o Rio Negro em Manaus registrou uma subida de 3,80 metros, atingindo o nível de 22,20 metros no último dia do mês, a maior marca desde as secas extremas de 2024. Essa elevação vem após um dos períodos de estiagem mais severos já registrados, que havia reduzido o nível do rio para 12,11 metros, o menor em mais de um século. Durante a seca, o visual do Encontro das Águas foi alterado e a prefeitura precisou fechar a Praia da Ponta Negra devido ao aparecimento de bancos de areia e à restrição de embarcações no local tradicional de atracação.
A seca também afetou a logística do Polo Industrial de Manaus, forçando a instalação de um píer flutuante em Itacoatiara para garantir o fluxo de mercadorias. O impacto foi significativo, atingindo mais de 800 mil pessoas em todo o estado do Amazonas. A partir de novembro, o rio começou a subir novamente e, desde então, mantém uma tendência de alta. Em janeiro, o Rio Negro subiu uma média de 12 centímetros por dia, superando a fase de seca extrema, conforme anunciado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
No interior do estado, os níveis dos rios também variam. Em Itacoatiara, o Rio Amazonas estava em 8,93 metros, enquanto em Tabatinga o Rio Solimões apresentava 6,22 metros e em Coari, o mesmo rio estava medindo 12,58 metros. O aumento do nível das águas também trouxe benefícios para o turismo, com o primeiro cruzeiro da temporada chegando a Manaus com 1,3 mil turistas. A expectativa é de que mais cruzeiros desembarquem na cidade durante o período de cheia.