A Nissan e a Honda anunciaram nesta quinta-feira (13.fev.2025) que desistiram da fusão avaliada em US$ 60 bilhões, que havia sido iniciada em dezembro de 2024. Em comunicado conjunto, as empresas japonesas informaram que as negociações foram encerradas após a constatação de que o mercado automotivo está mudando rapidamente, especialmente com o avanço da eletrificação dos veículos. Esse cenário, segundo elas, tornaria a fusão inviável, pois poderia retardar as decisões estratégicas e dificultar a agilidade necessária para competir de forma eficaz no setor.
As duas montadoras também apontaram que, para se manterem competitivas, precisam de maior flexibilidade e agilidade, algo que uma estrutura de governança complexa, resultante da fusão, não poderia oferecer. Mesmo com o fim das negociações, as empresas continuarão a colaborar dentro de um formato de parceria estratégica focada na inovação tecnológica e na eletrificação de seus modelos, com o objetivo de gerar novos valores e maximizar o valor corporativo de ambas.
O abandono da fusão também pode ter sido influenciado por divergências nas negociações. Inicialmente, as montadoras planejavam formar uma holding conjunta, com a Honda assumindo o controle majoritário. No entanto, a Honda propôs mudanças estruturais, sugerindo que a Nissan se tornasse uma subsidiária integral, o que foi considerado inaceitável pela Nissan, conforme informações do Wall Street Journal.