O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou apoio ao plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os palestinos da Faixa de Gaza. Durante uma entrevista à Fox News, Netanyahu afirmou que essa seria uma abordagem positiva, destacando que muitos palestinos, antes da guerra, já haviam manifestado o desejo de deixar Gaza, mas estavam impedidos pela falta de opções de deslocamento. Ele acredita que, ao oferecer uma alternativa de realocação, muitos escolheriam deixar a região destruída pelos ataques israelenses.
No entanto, o plano de realocação proposto por Trump gerou controvérsias. Líderes internacionais e países do Oriente Médio se mostraram contrários à ideia de forçar ou até mesmo incentivar o deslocamento dos palestinos. A questão da realocação é extremamente sensível, uma vez que o deslocamento forçado de uma população é considerado crime de guerra pelas Convenções de Genebra. Muitos palestinos, lembrando-se da Nakba de 1948, temem que a realocação seja um passo para a perda permanente de suas terras e o exílio.
Em resposta a essas preocupações, Israel preparou um plano para permitir a saída voluntária de palestinos da Faixa de Gaza, uma medida que foi ordenada pelo ministro da Defesa. Israel Katz, ministro da Defesa, afirmou que a população de Gaza deveria ter a liberdade de sair e migrar, como ocorre em outros lugares do mundo. Apesar das dificuldades e oposição, a proposta visa criar condições para a reconstrução da região e a redução das tensões, transformando Gaza em um local com mais estabilidade.