O prazo para o início das negociações sobre a extensão do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, acordado em janeiro, terminou nesta segunda-feira (3). No entanto, o governo israelense ainda não anunciou formalmente uma equipe de negociação, o que gerou incertezas sobre os próximos passos. O cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro e dura até 1º de março, prevê a liberação de mais reféns em troca de prisioneiros palestinos, além de uma possível retirada das forças israelenses de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está em Washington para um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vez de seguir o cronograma estabelecido no acordo. Essa decisão tem gerado críticas, com especialistas apontando que Netanyahu está violando os termos da trégua ao iniciar as negociações fora do prazo. Enquanto isso, o Hamas e seus aliados já liberaram reféns, e as forças israelenses retiraram-se de áreas-chave em Gaza, permitindo a entrada de ajuda humanitária.
O governo de Israel enfrenta pressões internas, com membros da coalizão, como o ministro das Finanças, defendendo medidas mais extremas em relação ao conflito, e outros, como Itamar Ben-Gvir, ameaçando abandonar o governo caso o cessar-fogo não seja quebrado. O papel de Trump nas negociações também continua a ser um ponto de tensão, já que suas declarações e propostas sobre o futuro de Gaza geram divisões dentro do governo israelense e entre os aliados internacionais.