O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou que, em sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutirá temas centrais como a vitória sobre o Hamas, a luta contra o Irã e o fortalecimento das relações diplomáticas com países árabes. O encontro, agendado para a próxima terça-feira, 4, na Casa Branca, será a primeira reunião de Trump com um líder estrangeiro após sua volta ao cargo. A reunião ocorre em um contexto de esforços para mediar um novo acordo que possa encerrar a guerra em Gaza e garantir a liberação de reféns mantidos por militantes.
Apesar do cessar-fogo iniciado no mês passado, o Hamas, que voltou a controlar Gaza, se recusa a libertar os reféns restantes sem a retirada total das forças israelenses e o fim da guerra. Netanyahu, sob pressão interna para retomar os combates, reafirmou o compromisso de Israel com a vitória sobre o Hamas e a libertação dos reféns, enquanto Trump, conhecido pelo apoio firme a Israel, busca ampliar sua política de normalização de relações entre Israel e países árabes, incluindo a Arábia Saudita. O governo saudita, no entanto, só aceitaria tal acordo com a condição de um processo para a criação de um Estado Palestino, o que contraria a posição de Netanyahu.
A guerra, que teve início em outubro de 2023, já resultou em dezenas de milhares de vítimas, incluindo milhares de palestinos. Embora o cessar-fogo tenha permitido a libertação de reféns e prisioneiros, a segunda fase das negociações, que visa o fim definitivo das hostilidades, está marcada para começar em 3 de fevereiro. A pressão interna de parceiros políticos de extrema-direita em Israel aumenta a possibilidade de um impasse, e caso as negociações fracassem, a guerra poderá ser retomada em março, conforme estipulado no acordo preliminar.