O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou otimismo quanto à possibilidade de um acordo de paz entre Israel e a Arábia Saudita, afirmando que acredita não apenas na viabilidade, mas também na iminência dessa paz. Em declarações feitas após uma reunião na Casa Branca com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Netanyahu sugeriu que essa normalização teria ocorrido durante o primeiro mandato de Trump, caso ele tivesse permanecido mais tempo no cargo. Esse comentário ocorre em um momento de crescente diálogo entre os dois países, que já haviam manifestado interesse na aproximação antes do ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023.
No entanto, a dinâmica entre Israel e a Arábia Saudita se complicou após o início da guerra de retaliação israelense contra o Hamas em Gaza. A Arábia Saudita, tradicionalmente crítica das ações de Israel em relação aos palestinos, expressou preocupações sobre os impactos da ofensiva militar em Gaza, que resultaram em um número elevado de vítimas. O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, chegou a acusar Israel de genocídio em Gaza, refletindo a tensão crescente entre os países. Além disso, o governo saudita destacou que a normalização das relações com Israel só seria possível com a criação de um estado palestino independente.
Apesar dessas críticas, Netanyahu enfatizou que tanto ele quanto a liderança saudita estão comprometidos com a busca de uma solução pacífica. Embora não tenha detalhado os passos específicos para alcançar esse objetivo, ele demonstrou confiança no sucesso das negociações. A Arábia Saudita, por sua vez, já havia sinalizado que um acordo poderia depender da evolução da situação palestina, mas a disposição para o diálogo parece seguir firme, com ambos os lados expressando a intenção de avançar em direção à paz.