Uma mulher foi responsável por envenenar membros de sua família com arsênio, resultando em várias mortes, em um caso ocorrido no Rio Grande do Sul. O crime teve início no dia 23 de dezembro, quando a mulher preparou um tradicional bolo de reis, que foi consumido por sete familiares. Após ingerirem as primeiras fatias, as vítimas começaram a passar mal, e três delas morreram, enquanto outras ficaram gravemente doentes. Zeli, uma das sobreviventes, esteve internada por 19 dias e relatou que, apesar de não planejar fazer o bolo, acabou o preparando no último momento, como parte de uma tradição familiar.
Investigações policiais revelaram que a acusada havia comprado arsênio em duas ocasiões e o misturou a alimentos consumidos por seus parentes, incluindo o leite em pó e a farinha utilizados nos pratos envenenados. O caso, inicialmente tratado como intoxicação alimentar, teve uma reviravolta após a descoberta da substância tóxica nas amostras de sangue e urina das vítimas. A acusada também foi responsável por um outro episódio, que causou a morte de um dos familiares meses antes. A polícia encontrou evidências de que ela buscava informações sobre substâncias letais, incluindo veneno para matar humanos, o que fortaleceu a investigação.
A acusada foi encontrada morta em sua cela, com a causa de sua morte sendo identificada como enforcamento. As autoridades investigaram se ela sofria de depressão, mas o caso levanta questões sobre o fácil acesso a substâncias perigosas na internet. A polícia concluiu que a mulher foi responsável por envenenar nove pessoas, resultando em quatro mortes. O inquérito está perto de ser arquivado, mas o caso permanece como um alerta sobre a facilidade com que substâncias como o arsênio podem ser adquiridas online e usadas para cometer crimes.