Uma mulher de 58 anos foi diagnosticada com raiva humana após ser mordida por um macaco sagui na cidade de Jucás, no interior do Ceará, em novembro do ano passado. Os sintomas da doença começaram a se manifestar apenas dois meses depois, em janeiro de 2025, quando a vítima procurou atendimento médico com náuseas, dificuldade para engolir e falar, e aversão à água. A confirmação do diagnóstico foi feita após análise laboratorial e a paciente segue hospitalizada.
Este caso é o quinto de raiva humana transmitida por saguis no Ceará nos últimos 17 anos, sendo que a doença é fatal se não tratada a tempo. O estado tem registrado outros episódios de raiva humana, especialmente em pessoas que sofreram mordeduras de animais silvestres, como saguis e morcegos. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizou um inquérito epidemiológico e intensificou ações de prevenção na região de Jucás, com medidas educacionais voltadas para os profissionais de saúde e agentes de controle de endemias.
A prevenção da raiva humana é feita por meio da vacinação e do uso de soro antirrábico após exposição ao risco. As autoridades de saúde alertam a população sobre a importância de evitar contato com animais silvestres e de buscar atendimento médico imediatamente após qualquer agressão. A vacina antirrábica é oferecida em postos de saúde e é essencial para prevenir a infecção, principalmente em casos de mordeduras graves ou de animais silvestres. Em 2024, o Ceará alcançou a meta de vacinar milhões de animais contra a raiva.