A Uefa está considerando eliminar a prorrogação nas fases eliminatórias da Liga dos Campeões, uma mudança significativa que afetaria uma das tradições mais antigas do futebol. A proposta reflete uma tendência crescente no esporte de priorizar a geração de receita, muitas vezes em detrimento das características históricas que tornam o futebol único. Essa mudança é vista como mais um passo para transformar o jogo em uma fonte de conteúdo a ser consumido, algo que preocupa os puristas do esporte.
Ao mesmo tempo, surge uma reflexão sobre como nossas respostas a certas dinâmicas do futebol podem ser moldadas pelas experiências de infância. O autor compartilha memórias de jogos emblemáticos da década de 1980, quando a prorrogação era um elemento importante, seja em finais de Copas ou semifinais de Copas do Mundo, que marcaram a juventude de muitos fãs. Esses momentos são lembrados com carinho e são vistos como parte fundamental da emoção e imprevisibilidade que o futebol proporciona.
Apesar das críticas, as disputas por pênaltis, que seriam mais comuns caso a prorrogação seja abolida, são apresentadas como a alternativa menos problemática para decidir jogos empatados. Embora controversas, as cobranças de pênaltis são vistas como uma forma prática de resolver o empate quando o tempo regulamentar e a prorrogação não trazem um vencedor. No entanto, o debate segue aceso, com muitos questionando se o futebol está realmente evoluindo na direção certa ou se está perdendo parte de sua essência em nome do lucro.