O Escritório de Gestão de Pessoal (OPM) dos Estados Unidos, responsável por gerenciar os registros de 2,1 milhões de funcionários federais e candidatos a vagas, tem sido alvo de mudanças significativas nos últimos tempos. Sob a administração atual, mudanças rápidas têm sido feitas, com foco na alteração das estruturas tecnológicas e de gestão. A principal transformação ocorreu em janeiro, quando a equipe de transição do novo governo demonstrou um interesse incomum nos sistemas de TI da agência, questionando detalhes sobre acessos e segurança. O governo propôs uma oferta de rescisão para funcionários, oferecendo até oito meses de salário em troca da renúncia, mas esta medida está temporariamente suspensa por uma decisão judicial.
Além disso, o OPM tem testemunhado a nomeação de aliados políticos para cargos-chave, como os de diretores de tecnologia e finanças, antes ocupados por servidores de carreira. Essas mudanças refletem uma tentativa de centralizar o controle das operações e dados do governo, incluindo informações sensíveis sobre benefícios, salários e dados pessoais dos funcionários federais. Recentemente, a administração em vigor tem buscado remover a exigência de que posições de alto escalão em TI sejam ocupadas por servidores de carreira, o que geraria uma possibilidade de nomeações políticas para esses cargos estratégicos.
Essas mudanças têm gerado preocupações entre os funcionários de carreira, que temem pela segurança e privacidade das informações sensíveis, além de questionamentos sobre o impacto que a centralização de poder nas mãos de nomeados políticos pode ter no funcionamento das agências governamentais. A movimentação também envolve a reorganização do OPM, com a possibilidade de redução significativa de sua equipe, o que pode prejudicar a supervisão de benefícios de saúde e aposentadoria dos servidores federais.