Em 2025, o carnaval do Rio de Janeiro passará por uma série de mudanças significativas, incluindo a redivisão dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Pela primeira vez, as agremiações se apresentarão em três noites de desfile, com quatro escolas por noite, ao invés das tradicionais duas noites de domingo e segunda-feira. A medida visa aumentar o público presente no Sambódromo, que passará de 80 mil para 240 mil espectadores ao longo de três dias. Além disso, essa nova divisão facilita a logística e aumenta a segurança, já que haverá menos deslocamento de alegorias e a área de concentração será reduzida, facilitando a vigilância.
Outra importante alteração no evento é o aumento no tempo de desfile das escolas, que terão entre 70 e 80 minutos para apresentar seus enredos, com um intervalo de 10 minutos entre as apresentações. A mudança também afeta a apuração dos desfiles, que será realizada no dia seguinte, quarta-feira de cinzas, com novos procedimentos para evitar que a última escola a desfilar, como a Portela, seja favorecida por julgadores com memória cansada. Além disso, as cabines de julgamento foram distribuídas por diferentes setores, aumentando a precisão na avaliação das apresentações.
Os enredos das escolas para 2025 refletem uma rica diversidade cultural, com temas que vão desde homenagens a figuras históricas e religiosas, como no caso da Imperatriz Leopoldinense, que celebra Oxalá, até a valorização das tradições afro-brasileiras, como a Viradouro e o Salgueiro. Outras escolas, como a Mocidade Independente de Padre Miguel e a Unidos do Viradouro, exploram temas contemporâneos e de relevância social, incluindo questões ambientais e de identidade. Essas mudanças nas dinâmicas dos desfiles e na apuração prometem dar um novo tom ao carnaval carioca, tornando-o mais organizado, seguro e acessível para o público.