O aquecimento global está alterando as estações do ano, com o aumento das temperaturas médias globais, que já ultrapassaram 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Especialistas apontam que, à medida que as temperaturas continuam a subir, as estações tradicionais serão modificadas de maneira significativa, afetando os padrões climáticos e os ecossistemas. As previsões indicam que o verão se tornará mais longo, podendo durar até seis meses no final do século, o que fará com que a primavera e o outono se encurtem. O inverno também será mais curto e poderá resultar em precipitações mais intensas, com aumento das tempestades de neve em algumas regiões.
A mudança no comprimento das estações terá impactos ambientais diretos, como a alteração dos períodos de crescimento das plantas e mudanças nos padrões migratórios dos animais. Além disso, as regiões mais afetadas terão que lidar com novos desafios, como a intensificação do risco de incêndios florestais no oeste dos Estados Unidos e o aumento das precipitações no nordeste e meio-oeste, o que poderá acarretar enchentes, principalmente em áreas com infraestrutura envelhecida.
As mudanças climáticas também afetarão a vida das pessoas, com consequências para a agricultura, a saúde pública e a economia. As temperaturas mais altas podem causar secas mais intensas, impactando a produção agrícola e os recursos hídricos. Além disso, o aumento da poluição do ar e das ondas de calor eleva os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente em comunidades de baixa renda e em áreas já vulneráveis. A desigualdade social será exacerbada, já que as populações mais pobres sofrerão desproporcionalmente os efeitos do aquecimento global, enfrentando mais dificuldades em se adaptar a essas mudanças.