O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, procurou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer sua declaração controversa sobre os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro. Motta havia afirmado que os atos não configuraram tentativa de golpe, o que gerou uma repercussão negativa. Em conversas com os ministros, ele tentou explicar que seu intuito era defender penas mais brandas para aqueles que não participaram diretamente dos atos de vandalismo, mas esteve presente nas manifestações.
Aliados de Motta afirmam que o objetivo do contato com o STF foi evitar um maior desgaste político. Durante os diálogos, ele procurou reafirmar seu apoio a punições severas para os responsáveis pela depredação dos prédios, embora tenha defendido uma abordagem mais flexível para os demais envolvidos. Ministros do STF, que confirmaram o contato, elogiaram sua disposição para o diálogo, mas reafirmaram que as sentenças aplicadas foram justas, tendo amplo respaldo no tribunal.
Ao mesmo tempo, Motta tem negociado com a oposição bolsonarista para evitar surpresas em relação à possível anistia dos envolvidos nos ataques. Um acordo foi firmado para garantir que a proposta só seja votada quando houver consenso, evitando movimentações que possam prejudicar a articulação política. Esse acordo visa garantir o apoio necessário para que a proposta tenha chances reais de aprovação, mas também reflete a estratégia de Motta para manter uma boa relação com diferentes grupos no cenário político.