Cinco unidades de conservação estaduais, uma federal e duas terras indígenas situadas na região do baixo Rio Madeira, no Amazonas, passam a ser administradas de forma integrada com a criação do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira. A medida, assinada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abrange uma área de 2,4 milhões de hectares e visa otimizar a gestão de áreas protegidas, promovendo a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa é considerada um marco para a conservação da Amazônia e reflete um modelo de gestão integrada e participativa, que reúne diversas categorias de manejo.
O Mosaico do Baixo Rio Madeira inclui a Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande, diversas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e o Parque Estadual do Matupiri, além das Terras Indígenas Cunhã-Sapucaia e Arary. A integração das áreas favorece a implementação de estratégias de governança e fiscalização ambiental, com o objetivo de fortalecer a proteção territorial, além de incentivar a geração de renda sustentável por meio do turismo e da agricultura familiar. A medida também busca promover o ordenamento territorial e a inclusão social, garantindo que as comunidades locais participem da gestão do território.
O processo de criação do mosaico envolveu um intenso período de planejamento, com diálogos entre diferentes setores, como órgãos ambientais, associações comunitárias e ONGs. Foram realizados debates e oficinas que resultaram em um plano de ação estruturado em três eixos: proteção e governança, comunicação e informação, e geração de renda sustentável. As ações previstas incluem o fortalecimento da fiscalização, a implementação de sistemas de monitoramento ambiental e a promoção de práticas produtivas sustentáveis. Essas iniciativas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente no que se refere à Ação contra a Mudança Global do Clima.