Nos Estados Unidos, milhões de abelhas morreram neste inverno, resultando em perdas de até 50% nas colmeias, o que representa um prejuízo financeiro superior a US$ 139 milhões. A situação ocorre em um momento crítico, com a temporada de cultivo de amêndoas prestes a começar, o que exige grande quantidade de abelhas para a polinização. Apicultores estão em alerta, tentando entender as causas dessas mortes em massa, já que fatores comuns como o ácaro varroa não parecem ser responsáveis.
As investigações sobre o que está causando esse fenômeno incluem análises de vírus, parasitas e resíduos de pesticidas. Embora as abelhas possam sofrer de várias doenças, como infecções bacterianas e intoxicação por pesticidas, as perdas atuais são mais graves do que as observadas durante o Distúrbio do Colapso das Colônias, ocorrido entre 2007 e 2008. A falta de respostas claras sobre a origem do problema tem gerado grande preocupação tanto entre apicultores quanto entre os produtores agrícolas que dependem das abelhas para a polinização de suas culturas.
Além das dificuldades com a mortalidade das abelhas, o setor enfrenta a pressão de custos elevados e a concorrência de mel importado. O impacto dessa crise pode afetar a produção de alimentos, com possibilidade de escassez ou aumento de preços, especialmente para amêndoas e outras frutas. A situação também tem levado ao aumento de furtos de colmeias, complicando ainda mais a operação de apicultores que lutam para manter seus negócios funcionando.