A prefeitura de Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga a morte de uma jovem grávida de 26 anos após esperar por mais de três horas dentro de uma ambulância antes de ser internada no Hospital Angelina Caron. A paciente, que estava no oitavo mês de gestação e enfrentava uma gravidez de alto risco devido à tuberculose, apresentou agravamento no estado de saúde após receber alta dias antes. Durante o período de espera, familiares relataram que seu quadro piorava progressivamente, mas a internação demorou a ser autorizada.
De acordo com a prefeitura, a paciente foi levada inicialmente a um hospital municipal, onde foi constatada a gravidade do caso, exigindo sua transferência para uma unidade com mais recursos. No entanto, ao chegar ao hospital de destino, permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel, sem acesso imediato a um leito. O bebê faleceu ainda na quarta-feira (19), e a mãe no dia seguinte, com causas apontadas no atestado de óbito como parada cardíaca e respiratória, desnutrição e tuberculose pulmonar.
O hospital afirmou, em nota, que a paciente vinha sendo acompanhada desde janeiro e recebeu atendimento conforme os protocolos médicos, mas não esclareceu o motivo da demora na internação. A instituição também não respondeu se a paciente recebeu prioridade no atendimento, considerando sua condição de risco. O caso gerou grande comoção e levantou questionamentos sobre a estrutura e os protocolos de atendimento a gestantes em estado crítico.