O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de prorrogação de prazo feito pelos advogados de defesa no inquérito sobre a tentativa de golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra várias pessoas, incluindo um ex-presidente e um general, acusando-os de tentar obstruir a posse do atual presidente. A defesa do general solicitou 30 dias a mais para apresentar sua defesa, mas o ministro decidiu manter o prazo original, que termina em 7 de março.
O advogado do general argumentou que o volume de documentos, cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos, além do acesso incompleto à delação de um colaborador, tornava difícil preparar a defesa dentro do tempo determinado. Moraes, por sua vez, considerou que a defesa já tinha acesso suficiente aos documentos e provas, o que permitiria uma preparação adequada para o caso dentro do prazo estabelecido.
O general foi preso em dezembro do ano passado, também por ordem de Moraes, devido a suspeitas de obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe. A Polícia Federal identificou tentativas de acesso a informações sigilosas relacionadas à delação de um colaborador. A defesa nega as acusações de obstrução, afirmando que não houve qualquer irregularidade nas ações do general.