Na última semana, foi registrada a presença da bactéria do enfezamento vermelho nas lavouras de milho em Santa Catarina, mas não foram detectados o espiroplasma de enfezamento-pálido nem o vírus do mosaico estriado. O monitoramento da cigarrinha-do-milho tem mostrado um aumento constante na incidência desse inseto no estado, especialmente nas áreas onde o segundo plantio de milho está sendo iniciado. As cigarrinhas migram de lavouras antigas para as novas, o que pode resultar na proliferação do inseto e no aumento do risco de transmissão de patógenos, como os que causam os enfezamentos.
Embora a presença de insetos infectados com o espiroplasma seja baixa, o fitoplasma está se tornando mais frequente nas lavouras. A pesquisa sugere que o manejo adequado pode reduzir a quantidade de insetos infectados, especialmente durante os primeiros estágios da lavoura de milho. A recomendação é que o controle químico seja realizado entre os estágios V8 e V10 da planta, pois essa fase é crítica para a prevenção da transmissão de doenças. A pesquisadora Maria Cristina Canale Rappussi da Silva destaca que, sem o controle, os sintomas das doenças podem ser difíceis de identificar até que a lavoura esteja mais desenvolvida.
Além disso, os produtores devem monitorar os boletins do programa Monitora Milho SC, que indicam a incidência de cigarrinhas em diferentes regiões do estado, utilizando um sistema de cores para representar os níveis de infestação. Áreas com mais de 31 cigarrinhas por semana são marcadas em vermelho, e aquelas com mais de 120 cigarrinhas detectadas são sinalizadas em preto. Criado em 2021, o programa visa acompanhar e controlar a incidência do inseto e os patógenos associados, com o objetivo de minimizar os danos à produção de milho no estado.