Uma pesquisadora independente de Campinas, Talita Azevedo, dedicou nove meses a viajar pelo Brasil com o objetivo de mapear e divulgar locais históricos relacionados à contribuição do povo negro no país. Com a criação de um site interativo, Azevedo reúne informações sobre lugares esquecidos, cujas histórias não constam nos livros didáticos. A proposta é ampliar a visibilidade da memória histórica, destacando pontos que desempenharam um papel significativo na formação da identidade nacional, mas que foram apagados ao longo do tempo.
Durante sua jornada, a pesquisadora visitou locais como o Largo Terreiro de Jesus, em Salvador, e a Catedral São Pedro da Alcântara, em Petrópolis, além de outras regiões que têm forte herança africana. A intenção de Azevedo é resgatar essas memórias e disponibilizar ao público um acervo virtual que permita uma compreensão mais rica e diversificada da história do Brasil, além de fomentar discussões sobre a construção da identidade cultural no país.
No âmbito de sua pesquisa, Azevedo também explorou locais como o antigo Museu do Café em Campinas, que, embora tenha sido fechado e se encontre em condições precárias, continua a ser um espaço relevante para a memória histórica da região. A Prefeitura de Campinas tem planos para restaurar o museu, mas ainda não há data definida para a reabertura. O projeto inclui a preservação do acervo e a promoção de ações culturais que visam manter a memória viva, mesmo sem a reabertura do museu físico.