Em Parnaíba, no litoral do Piauí, uma série de mortes ligadas ao consumo de arroz envenenado ganhou destaque nas investigações policiais. Uma das vítimas, Maria Jocilene da Silva, inicialmente internada após o envenenamento em 1º de janeiro, acabou falecendo no dia 24, após complicações. A polícia revelou que a matriarca da família, Maria dos Aflitos, confessou ter matado Maria Jocilene para tentar proteger o marido de acusações sobre os assassinatos de outros familiares. A investigação revelou que havia uma relação amorosa entre as duas, que, segundo a suspeita, teria sido motivada por um desejo de proteger o parceiro.
De acordo com o delegado responsável, Maria dos Aflitos manteve um relacionamento de cumplicidade com seu marido, Francisco de Assis, e demonstrava desprezo pelos filhos da família. A motivação para os envenenamentos parecia estar ligada ao desejo de eliminar membros da família para que o marido ficasse livre de acusações. Maria Jocilene, que havia demonstrado preocupação e carinho pelos filhos e netos de Maria dos Aflitos, acabou sendo vítima de envenenamento, o que levanta questões sobre a dinâmica conturbada e os conflitos familiares envoltos no caso.
Durante as investigações, ficou claro que a morte de Maria Jocilene foi planejada. Maria dos Aflitos, após envenenar a vítima com um café adulterado, tentou encobrir o crime, alegando que ela teria morrido de infarto. Apesar da tentativa de despistar as autoridades, a polícia conseguiu reconstruir os eventos, e o envenenamento dentro da residência foi confirmado. A morte de Jocilene foi mais um episódio trágico em uma série de crimes relacionados à tensão familiar e a segredos obscuros que envolvem o núcleo de relações dessa comunidade.