O Ministério das Mulheres apresentou um guia para a criação e implementação de Secretarias de Políticas para as Mulheres, durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília. O objetivo da publicação é incentivar gestores municipais a estabelecerem estruturas administrativas para implementar políticas públicas que promovam mais equidade de gênero e ampliem os direitos das mulheres. Em 2024, o número de secretarias dedicadas a políticas para as mulheres aumentou significativamente, com 1.045 municípios possuindo essas estruturas, quatro vezes mais que em 2023.
A ministra Cida Gonçalves destacou que a criação dessas secretarias deve ser uma prioridade para as 728 prefeitas eleitas em janeiro. Além disso, um dos desafios enfrentados é garantir recursos orçamentários para combater a violência contra as mulheres e apoiar políticas de geração de emprego e renda. A experiência de prefeitas como Moema Gramacho, pioneira na criação de uma secretaria desse tipo, é citada como exemplo de como a autonomia econômica das mulheres pode ser uma ferramenta importante para a redução de casos de violência doméstica.
Embora as mulheres sejam maioria na população e no eleitorado, ainda estão sub-representadas na política brasileira. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, as mulheres representam apenas 13% das prefeitas, 19% das vice-prefeitas e 18% das vereadoras eleitas nas últimas eleições municipais. Movimentos como o Mulheres Municipalistas têm sido essenciais para fortalecer a presença feminina na política, promovendo a troca de experiências e lutando por políticas públicas que atendam às demandas das mulheres nas cidades.