O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou estar apto a analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A defesa do ex-presidente havia solicitado o impedimento de Dino e de outro ministro, Cristiano Zanin, argumentando que Dino estaria envolvido em uma queixa-crime contra Bolsonaro de 2021, quando o ex-presidente o acusou de não melhorar a segurança em sua visita ao Maranhão. Dino, no entanto, defendeu que os atos de sua atuação anterior não comprometem sua imparcialidade no julgamento atual, destacando seu compromisso com a Corte e sua participação em milhares de outros julgamentos.
Zanin também se posicionou de forma semelhante, afirmando que não vê motivos para ser impedido de julgar o caso. Ele ressaltou que, após análise, não vê qualquer hipótese que configure impedimento. As alegações de impedimento foram enviadas ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que encaminhou as manifestações dos ministros envolvidos. Zanin preside a Primeira Turma do STF, onde o caso será julgado, e Dino faz parte dessa turma, juntamente com outros ministros da Corte.
A defesa do ex-presidente questionou a imparcialidade dos ministros com base em gestos ou ações passadas, mas os ministros alegaram que suas decisões serão feitas com base exclusivamente nos fatos apresentados no caso atual. O STF seguirá com a análise da denúncia, e os envolvidos demonstraram confiança de que a análise será conduzida de forma técnica e sem influências externas.