O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou os pedidos de defesa para ampliar o prazo de resposta à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da tentativa de golpe de Estado. Os advogados dos acusados alegaram que não tiveram acesso completo aos documentos da denúncia e pediram mais tempo para se manifestar após a entrega da delação de um ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, Moraes entendeu que todos os acusados já tinham acesso às informações necessárias para a defesa.
A decisão do ministro abrange três denunciados: um ex-ministro, um ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal e um ex-assessor presidencial. As defesas argumentaram que, sem o acesso total aos autos, não seria possível elaborar uma resposta adequada às acusações, incluindo crimes como organização criminosa armada e tentativa de subversão da ordem democrática. Moraes, no entanto, considerou que não havia razão para prorrogar o prazo, já que os elementos da acusação estavam disponíveis para todos os acusados.
Com a negativa dos pedidos, as defesas têm agora 15 dias, já em andamento, para apresentar suas respostas. Após essa fase, o relator do caso, Alexandre de Moraes, decidirá se o processo está pronto para ser julgado pela Primeira Turma do STF, composta por outros ministros da Corte. A investigação envolve mais de 30 pessoas, que são acusadas de envolvimento em um suposto golpe de Estado, com danos ao patrimônio público e outros crimes graves.