O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, se manifestou nesta sexta-feira (28) sobre o pedido de impedimento feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas, acusadas de tentativa de golpe de Estado. O pedido questiona a imparcialidade de Dino e de outro ministro da Corte, afirmando que ambos já haviam se posicionado contra Bolsonaro em ações anteriores. Dino, no entanto, defendeu que tais atuações passadas não comprometem sua capacidade de julgar o caso de forma técnica e imparcial, destacando que a análise do processo deve ser baseada nas provas apresentadas.
Em sua declaração, Dino reforçou que não há razões concretas para afirmar que sua atuação será influenciada por interesses pessoais ou históricos de posicionamento político. O ministro também ressaltou que sua função anterior como Ministro da Justiça, durante os eventos de 8 de janeiro, não gera impedimentos, uma vez que sua atuação se limitava à supervisão administrativa da Polícia Federal, sem envolvimento direto nas investigações. Segundo Dino, qualquer julgamento deve ser conduzido com base na Lei, sem presumir parcialidade sem evidências claras.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ficará responsável por avaliar o pedido de impedimento, com a expectativa de que tanto Dino quanto o outro ministro envolvido sigam com o julgamento da denúncia. Dino reafirmou seu compromisso com a integridade do Supremo e com a justiça, destacando que, apesar das alegações, não existem fundamentos que justifiquem a sua recusa em analisar o caso.