O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, criticou publicamente o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, divulgado em 11 de fevereiro de 2025. O Brasil ocupa a 107ª posição no ranking, sua pior colocação histórica, com 34 pontos. O ministro questionou a metodologia utilizada pela ONG, destacando que a análise é baseada em uma pesquisa de opinião e não em uma avaliação rigorosa dos resultados de investigações sobre corrupção no país. Para ele, os critérios do estudo são inadequados e falhos ao comparar países com diferentes contextos.
Marques também ressaltou que o IPC reflete percepções de especialistas e empresários, e não uma medição objetiva da corrupção, sugerindo que as conclusões da Transparência Internacional não são diretamente correlacionadas com o real combate à corrupção no Brasil. Ele alegou que as perguntas simples aplicadas aos participantes, como “No seu país tem corrupção?”, geram respostas imprecisas que não devem ser usadas como base para uma análise tão séria. O ministro reiterou que o IPC deve ser visto como uma pesquisa de opinião, e não como um indicador concreto de eficácia nas políticas anticorrupção.
O Índice de Percepção de Corrupção de 2024 apontou uma queda no desempenho do Brasil em relação ao ano anterior, com uma perda de dois pontos e a queda de três posições no ranking mundial. A situação é comparada com o avanço do processo de captura do Estado por interesses ilícitos, como o crime organizado. A Transparência Internacional afirmou que o Brasil falhou em reverter a tendência de enfraquecimento das políticas anticorrupção, destacando a crescente influência de atores criminosos nas instituições públicas.