O promotor do Ministério Público de São Paulo, Gustavo José Pedroza Silva, emitiu um parecer desfavorável à progressão de pena de um condenado, recomendando a manutenção do réu em regime fechado. O parecer se baseia, principalmente, nos resultados de um teste psicológico de Rorschach realizado com o réu, que indicaram traços de personalidade disfuncionais, como rigidez emocional e controle excessivo. O laudo apontou dificuldades do réu em lidar com suas emoções de forma espontânea, além de uma dificuldade em integrar suas reações emocionais de maneira objetiva.
Além disso, o promotor destacou a gravidade dos crimes cometidos pelo réu e a imaturidade emocional identificada no exame. A análise sugeriu que o condenado possui uma visão distorcida da realidade, centrada em sua própria perspectiva, sem empatia pelo outro. O parecer também revelou uma propensão do réu a agir impulsivamente, sem considerar as consequências de seus atos, o que indicaria um risco elevado para a reintegração ao convívio social sem supervisão.
O condenado, que cumpre pena desde 2002, foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de seus familiares. Embora tenha conseguido progredir para o regime aberto em 2017, perdeu o benefício ao ser acusado de novas infrações. O promotor, portanto, acredita que a manutenção do réu em regime fechado é necessária até a conclusão de sua pena, prevista para 2041.