O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) se posicionou favoravelmente ao pedido de afastamento da juíza Andréa Calado da Cruz, responsável pela 12ª Vara Criminal de Pernambuco, no caso que envolve a casa de apostas Esportes da Sorte. O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, investigado na Operação Integration, alega que a magistrada demonstrou parcialidade e violou ritos processuais, o que comprometeria a imparcialidade do processo. O MP-PE também considerou que a juíza agiu de maneira tendenciosa ao longo da investigação, interferindo no trabalho do Ministério Público e emitindo juízos sobre a culpabilidade dos investigados, o que violaria o princípio da imparcialidade.
A investigação, que inicialmente envolvia apenas a Esportes da Sorte, se ampliou e afetou outras casas de apostas, como a Vaidebet, que também foi investigada em um desdobramento. No caso da Vaidebet, a juíza contrariou a decisão do MP-PE, que havia solicitado o arquivamento da investigação por falta de indícios de crimes. A cúpula do MP acompanhou os promotores, resultando no arquivamento da parte relacionada à Vaidebet, mas a juíza persistiu em suas ações, o que gerou um clima de conflito entre as partes.
Recentemente, a Polícia Civil de Pernambuco pediu a reabertura da investigação sobre a Vaidebet, após apresentar novos indícios que sugerem a prática de lavagem de dinheiro entre as empresas investigadas. A juíza Andréa Calado da Cruz deu seguimento a essa solicitação, o que gerou discordâncias por parte da defesa da Esportes da Sorte, que considera que o caso já foi adequadamente analisado. A situação segue em aberto, com a decisão final sobre o afastamento da juíza ainda pendente.