O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a impugnação das contas de uma candidata a vereadora em São Paulo, alegando indícios de desvio de recursos do fundo de campanha e fraudes nas informações prestadas à Justiça Eleitoral durante as eleições municipais de 2024. A candidata, que recebeu R$ 100 mil do fundo, teve apenas 108 votos e, segundo o MPE, utilizou o dinheiro para cobrir despesas pessoais, o que inclui gastos não condizentes com a campanha.
Entre as irregularidades apontadas, estão declarações falsas sobre despesas com materiais de campanha, como a compra de tênis e artigos de papelaria, que foram, na realidade, produtos não relacionados à campanha eleitoral. O MPE também revelou que a candidata tentou envolver terceiros em contratos falsos para justificar pagamentos, como no caso de uma pessoa contratada para serviços de militância, que alegou não ter prestado esse tipo de serviço e foi induzida a assinar um contrato falso.
Além disso, o caso foi encaminhado à Polícia Federal, que abriu uma investigação na esfera criminal. As suspeitas vieram à tona após um familiar da candidata denunciar as práticas fraudulentas, relatando comportamentos questionáveis da candidata e revelando indícios de uso indevido de recursos públicos. A mãe da candidata também prestou depoimento, expressando decepção com a filha e destacando a gravidade das ações envolvidas.