O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou a cassação do mandato do vereador Marcelo Correia, conhecido como Marcelo Téo, devido a suspeitas de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A acusação surgiu após investigações que indicam que o vereador teria recebido doações suspeitas para sua campanha de 2024, ligadas a indivíduos com conexões com atividades ilícitas. O MP afirma que o financiamento da campanha foi influenciado por uma rede de doadores com envolvimento no crime organizado.
De acordo com o processo, as doações questionadas provêm de parentes próximos do vereador, incluindo familiares de sua esposa e sobrinha. O Ministério Público também citou uma doação de um empresário que, no passado, esteve relacionado a uma empresa de distribuição de medicamentos e materiais hospitalares, e que empregou familiares do parlamentar. A investigação sugere que esses recursos estariam ligados a práticas ilícitas graves, como tráfico e lavagem de dinheiro, o que levanta suspeitas sobre a origem e a natureza dessas doações.
Além disso, o MP-SP destaca a existência de um entrelaçamento entre as relações familiares dos doadores e o crime organizado, o que comprometeria a legitimidade das contribuições financeiras à campanha. A partir das evidências apresentadas, o processo sugere que a origem indeterminada das doações e o contexto em que ocorreram indicam um caráter ilícito, o que fortalece a tese de envolvimento com atividades criminosas.