O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) iniciou um inquérito civil para investigar as condições de trabalho na fábrica de fantasias Maximus Confecções, localizada em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O local foi atingido por um incêndio na manhã do dia 12 de fevereiro, que deixou pelo menos 22 feridos, sendo 12 em estado grave devido à inalação de fumaça. Além disso, relatos apontam para condições de trabalho degradantes, como o fato de alguns trabalhadores, incluindo adolescentes, estarem dormindo nas instalações da fábrica.
O Corpo de Bombeiros informou que a fábrica não possuía documentação regularizada e que as condições de segurança no local eram inadequadas. O fogo, que se espalhou rapidamente, afetou também prédios residenciais vizinhos antes de ser controlado. A investigação sobre as causas do incêndio ficará a cargo da 21ª Delegacia de Polícia, enquanto o MPT-RJ notificou a empresa para que apresente esclarecimentos e documentos relacionados às condições de trabalho e segurança.
Além da Maximus Confecções, as escolas de samba que contrataram os serviços da fábrica, como Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu, também serão solicitadas a prestar informações sobre as medidas adotadas para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. A empresa será obrigada a fornecer uma lista de empregados e detalhes sobre as condições de saúde das vítimas do incêndio, assim como as ações adotadas para assisti-los.