O Ministério Público de São Paulo apresentou, nesta sexta-feira (21), uma denúncia contra um grupo de 12 pessoas acusadas de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. A denúncia, elaborada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também solicita o confisco de bens no valor de R$ 40 milhões pertencentes aos acusados. Entre os envolvidos estão membros de forças policiais e de um grupo criminoso, com destaque para a suspeita de envolvimento no assassinato de um empresário que atuava como delator.
O assassinato ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no ano anterior, e teria sido motivado por uma tentativa de silenciar o delator, que havia denunciado extorsões cometidas por agentes da polícia. Parte dos envolvidos já está detida e é investigada tanto por corrupção quanto pela possível participação no homicídio. Além disso, outros envolvidos são acusados de intermediar operações financeiras ilegais com o tráfico de drogas, especialmente em bairros da Zona Leste de São Paulo.
Os promotores destacam que o esquema criminoso envolvia a lavagem de dinheiro obtido por meio de atividades ilícitas, com conexão com organizações criminosas atuantes na região. A operação também aponta a existência de uma rede de apoio estruturada para viabilizar essas práticas ilegais. A denúncia foi assinada por cinco promotores do Gaeco e reflete um esforço contínuo de combate ao crime organizado e suas ramificações no setor público e privado.
