O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) manifestou-se favoravelmente ao pedido de um empresário de uma casa de apostas para que a juíza responsável pelo caso fosse afastada, alegando parcialidade e irregularidades processuais. A defesa do empresário afirma que a magistrada demonstrou pré-julgamento e violou ritos processuais, enquanto a juíza criticou a atuação do MP e defendeu a continuidade das investigações, ampliando o foco da operação para incluir outra casa de apostas. O MP, por sua vez, sustenta que a juíza teria quebrado a imparcialidade ao fazer acusações precipitadas e agir de maneira incompatível com o papel de julgadora.
Em dezembro, o empresário apresentou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco uma exceção de suspeição contra a juíza, questionando sua capacidade de conduzir o processo de forma justa. O MP-PE apoiou o pedido, indicando que a juíza falhou em manter a imparcialidade objetiva e subjetiva, além de violar princípios do sistema acusatório. A acusação também inclui alegações de que a juíza teria agido como investigadora, prejudicando a neutralidade necessária à sua função.
Após o arquivamento de uma parte da investigação, a Polícia Civil pediu a reabertura do caso, apontando novos indícios de possíveis práticas ilícitas. A juíza determinou o prosseguimento das investigações, argumentando que as evidências não deveriam ser descartadas. A defesa do empresário contestou a decisão, considerando que os elementos apresentados já haviam sido avaliados. A disputa legal segue em andamento, com um intenso debate sobre a imparcialidade da magistrada e a continuidade das apurações.