O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) decidiu arquivar o inquérito policial sobre o caso de uma bebê de oito meses que, em 19 de outubro, teria apresentado sinais vitais durante seu velório na cidade de Correia Pinto. Os laudos médicos confirmaram que a causa da morte foi gastroenterite e desidratação, conforme indicado na declaração de óbito, sem indícios de qualquer conduta criminosa ou erro médico. A investigação descartou que a criança tivesse sobrevivido após sua morte, explicando que os sinais vitais registrados durante o velório eram resultado de um erro técnico no uso do oxímetro.
Apesar da constatação de que o falecimento ocorreu por causas naturais, o MPSC indicou que as investigações continuarão para verificar possíveis melhorias nos protocolos médicos e de tratamento de crianças com quadros de desidratação e doenças infecciosas. A intenção é aprimorar as práticas hospitalares, especialmente no que se refere à estabilização de pacientes pediátricos e no diagnóstico precoce de situações graves. O órgão reforçou que trabalhará para que o hospital envolvido reveja seus procedimentos.
O caso, que gerou grande repercussão, começou quando familiares perceberam sinais de vida na bebê durante o velório, como movimentos nos braços e nas mãos. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, mesmo após a criança ser levada ao hospital, não foram encontrados batimentos cardíacos. O laudo cadavérico confirmou que o falecimento ocorreu conforme o atestado de óbito e forneceu explicações técnicas sobre a detecção equivocada de saturação no oxímetro. O MPSC agora concentra esforços na revisão dos protocolos hospitalares para evitar que situações semelhantes aconteçam no futuro.