O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciou em 27 de fevereiro uma série de medidas para prevenção e controle de incêndios florestais no Brasil. O governo federal irá contar com 4.608 profissionais, incluindo brigadistas e servidores, distribuídos entre ICMBio e Ibama, para atuar em áreas de risco. A portaria de 2025 estabelece um planejamento estratégico faseado ao longo do ano, determinando as regiões e períodos críticos para a atuação prioritária nas emergências ambientais. Esse esforço é uma resposta ao aumento significativo de incêndios, especialmente na Amazônia, durante a temporada de 2024.
Além disso, a Resolução nº 2 de 2025 do Comitê de Manejo Integrado do Fogo estabelece a obrigatoriedade de Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIFs) em imóveis rurais e áreas de conservação. Todos os Estados terão até dois anos para elaborar seus próprios planos, com foco na prevenção, na criação de brigadas florestais e em ações de combate aos incêndios. A norma visa uma gestão integrada do risco de incêndios, com a colaboração de diferentes esferas de governo e a participação ativa das comunidades locais.
A coordenadora do Observatório do Clima, Suely Araújo, ressaltou a importância de um planejamento mais eficiente e com execução antecipada, especialmente na contratação das equipes de brigadistas. Ela enfatizou que, para uma ação eficaz, é necessário que as equipes de prevenção, como a criação de aceiros e educação nas comunidades, comecem antes do período crítico. Apesar das medidas adotadas, ela considera que o número de brigadistas federais ainda deveria ser maior, dado o desempenho aquém do esperado por parte dos governos estaduais e municipais no controle de incêndios.
