O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de duas novas tecnologias ao Sistema Único de Saúde (SUS) para prevenir complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por infecções respiratórias graves em bebês, como bronquiolite. A primeira tecnologia é o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para bebês prematuros e crianças de até dois anos com comorbidades, enquanto a segunda é uma vacina recombinante contra os tipos A e B do VSR, destinada a gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida.
A decisão foi tomada após avaliações positivas realizadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que considerou o impacto dessas medidas na redução de hospitalizações e mortes infantis. Estudo indica que a vacina para gestantes pode evitar até 28 mil internações anuais, e a estratégia combinada pode beneficiar até 2 milhões de bebês nos primeiros meses de vida, fase crítica para complicações do VSR. O ministério também destacou que essa iniciativa visa diminuir a mortalidade infantil associada ao vírus.
Os dados oficiais mostram que o VSR é responsável por uma alta taxa de internações em crianças, especialmente menores de dois anos. Entre 2018 e 2024, o SUS registrou mais de 80 mil internações de bebês prematuros devido a complicações do VSR. A expectativa com a inclusão do nirsevimabe é ampliar a proteção para cerca de 300 mil crianças, além dos benefícios potenciais da vacina para gestantes. Essas ações fazem parte de um esforço contínuo para reduzir o impacto do VSR na saúde infantil no Brasil.