A mineradora Samarco, envolvida no desastre de Mariana em 2015, está oferecendo novas oportunidades de emprego, incluindo posições técnicas, operacionais e gerenciais. A empresa, quase dez anos após o rompimento da barragem do Fundão, está focada em ampliar sua produção, com previsão de atingir 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério em 2025. Essa expansão está alinhada com investimentos em segurança e sustentabilidade, totalizando R$ 1,6 bilhão. A Samarco também tem investido na descaracterização de barragens, com destaque para a Barragem do Germano, que já atingiu 87,3% de conclusão das obras.
Em 2015, o rompimento da barragem de Fundão causou uma das maiores tragédias ambientais do Brasil, com a morte de 19 pessoas e o despejo de milhões de metros cúbicos de rejeitos no Rio Doce. O desastre afetou 41 cidades em Minas Gerais e Espírito Santo, além de três reservas indígenas e uma vasta área de Mata Atlântica. O impacto ambiental foi devastador, com milhares de peixes mortos e uma enorme destruição ecológica. Após o incidente, o processo de reparação continua, mas nem todos os municípios atingidos concordaram com os termos do acordo proposto para a compensação.
Além disso, a Samarco enfrenta desafios legais, especialmente em relação a um acordo de reparação que não foi totalmente aceito pelos municípios afetados, que continuam buscando compensação internacional. No contexto de desastres de barragens, a tragédia de Brumadinho, ocorrida em 2019, também continua a gerar repercussão, com um acordo judicial em andamento, mas ainda sem punições criminais para os envolvidos. O cenário revela as complexas questões jurídicas e ambientais resultantes dessas catástrofes, enquanto as empresas envolvidas tentam restaurar a produção e cumprir as medidas de reparação.