O presidente argentino, Javier Milei, anunciou durante sua participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), nos Estados Unidos, que adotará a política de tarifas recíprocas proposta por Donald Trump. Essa medida, que prevê a aplicação das mesmas tarifas comerciais que cada país impõe aos produtos americanos, faz parte da visão de Milei de estreitar os laços comerciais com os Estados Unidos, apesar das restrições impostas pelo Mercosul. Ele também destacou que a Argentina seria o primeiro país a adotar esse modelo de reciprocidade.
Milei criticou a classe política e defendeu a ideia de uma “segunda independência” para a Argentina e outros países, uma libertação daquilo que chamou de “tirania do partido do Estado”. Além disso, o presidente argentino expressou apoio a Trump e a sua agenda, considerando as críticas ao ex-presidente como uma tentativa de frear mudanças políticas que ele considera necessárias. O líder argentino também abordou questões internacionais, elogiando ações do governo Trump e criticando práticas eleitorais em outros países, como o Brasil, e a repressão à liberdade de expressão na Europa.
No cenário interno, o governo de Milei tem enfrentado desafios significativos, como o aumento da pobreza, que atinge mais de 52% da população, mesmo com a redução da inflação. A gestão de Milei continua a adotar uma política de redução do tamanho do Estado, com a implementação de cortes em áreas consideradas supérfluas ou prejudiciais à sociedade, o que é simbolizado pelo uso de uma motosserra. O presidente argentino busca uma agenda reformista, focada em uma maior autonomia econômica e política, alinhada com ideais conservadores internacionais.