O presidente da Argentina, Javier Milei, minimizou os protestos realizados em Buenos Aires contra seu governo, que ocorreram após suas declarações no Fórum Econômico Mundial. O político, que se posiciona à direita e é identificado com a ideologia libertária, criticou a chamada agenda “woke” e afirmou que a ideologia de gênero, quando levada ao extremo, pode resultar em abusos sexuais. A manifestação, ocorrida no sábado (1º de fevereiro), contou com a presença de milhares de pessoas que expressaram oposição ao governo, com destaque para cartazes e bandeiras contra Milei.
Em entrevista, Milei sugeriu que os protestos foram manipulados e disse sentir “pena” dos manifestantes, acusando-os de serem enganados por uma edição distorcida de seu discurso em Davos. O presidente alegou que, em sua fala original, se concentrou na crítica à destruição das instituições associadas à ideologia “woke”, e não como foi retratado nos meios de comunicação. Para ele, a manifestação foi de natureza política, com a participação de pessoas e figuras públicas contrárias à sua gestão.
A chamada Manifestação do Orgulho Antifacista e Antiracista, que reuniu diversos setores da oposição, incluiu também a presença de políticos como Axel Kicillof, governador da província de Buenos Aires, o que gerou críticas por parte de Milei. Ele acusou Kicillof de usar o evento como uma plataforma para se promover politicamente enquanto sua província enfrenta uma crise de violência. A manifestação foi uma das maiores expressões de descontentamento popular contra o governo Milei até o momento.