Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023, após uma campanha marcada por declarações impactantes e atitudes controversas. Seu governo surge em um contexto político caracterizado pela alta insatisfação com os mandatos anteriores, incluindo o de Mauricio Macri, que não atendeu às expectativas liberais, e Alberto Fernández, que, associado a Cristina Kirchner, foi criticado como um dos piores governos da história recente do país.
Com a queda da esquerda, o cenário político argentino se tornou ainda mais polarizado. A oposição, em especial movimentos sociais e sindicatos, perdeu o apoio governamental e agora se encontra em oposição direta às políticas restritivas de Milei, particularmente na área econômica. Esse clima de tensão social alimenta um ambiente político de constantes desafios para o presidente, que tenta implementar suas reformas em um país profundamente dividido.
Recentemente, uma suposta trama envolvendo criptomoedas e investimentos questionáveis gerou dúvidas sobre a conduta do presidente. Se comprovadas irregularidades, isso poderia levar a um processo de impeachment, uma situação inédita na política argentina. O desenrolar dessa investigação e a habilidade da oposição em articulação política serão determinantes para o futuro político de Milei.