O IPCA de janeiro, que apresentou uma variação de 0,16%, gerou um dia de apetite por risco na B3, com o Ibovespa subindo 0,76% e alcançando 126.521,66 pontos. O desempenho do índice brasileiro superou o das bolsas de Nova York, com a Nasdaq caindo 0,36% e o Dow Jones registrando uma leve alta de 0,28%. O mercado financeiro teve um volume de negócios de R$ 20,1 bilhões. No acumulado do mês, o Ibovespa registra uma alta de 0,31%, com ganhos semanais de 1,53%.
O IPCA ficou dentro das expectativas do mercado, o que gerou alívio nas taxas de juros. Contudo, as projeções de inflação para 2025 e 2026, indicadas no boletim Focus, continuam a preocupar, refletindo um cenário instável. Economistas destacam que a política monetária de aumento de juros, apesar de moderar a inflação, tem um impacto mais severo do que seria necessário, dado o cenário fiscal. O peso da política monetária pode fragilizar ainda mais o mercado, especialmente devido à alta atratividade da renda fixa.
No mercado de ações, os papéis de varejo e saúde se destacaram, impulsionados pela inflação mais controlada, o que favorece o consumo e reduz os custos operacionais. O Carrefour teve uma alta expressiva, devido a um movimento estratégico de sua controladora, enquanto ações como Hapvida e TIM também registraram ganhos significativos. Por outro lado, o setor automotivo e empresas expostas à guerra comercial, como a CSN, apresentaram quedas. A guerra comercial potencial, especialmente com a taxação de aço e alumínio, traz riscos à economia global, afetando tanto a inflação nos EUA quanto a atividade das empresas.