As eleições de 2026 estão no centro das atenções dos investidores, especialmente com a queda recente da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), observada em estados tradicionalmente aliados, como Bahia e Pernambuco. Apesar da crescente expectativa em torno de uma possível força da oposição, investidores continuam cautelosos quanto aos possíveis impactos de um governo expansionista, como destaca o economista Luiz Stuhlberger. A incerteza política é um fator que leva a uma vigilância mais rigorosa do cenário eleitoral.
Na semana, o mercado também reagiu a dados econômicos e balanços financeiros. O IPCA-15 de fevereiro, divulgado pelo IBGE, apontou uma alta de 1,23%, a maior para o mês desde 2016, mas abaixo das expectativas do mercado. Esse resultado, apesar de negativo em termos absolutos, gerou certa expectativa de que a inflação possa ser mais controlada nos próximos meses. Já os dados sobre o mercado de trabalho mostraram uma criação de 137 mil vagas em janeiro, mas também indicaram uma pressão inflacionária maior devido ao aperto nas condições de emprego.
Em termos de resultados corporativos, as ações da Ambev se destacaram positivamente após o anúncio de um lucro líquido de R$ 5,02 bilhões no quarto trimestre de 2024, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Por outro lado, a Weg viu sua margem de lucro diminuir, embora o resultado do quarto trimestre tenha sido em grande parte positivo. Esses balanços refletiram a dinâmica de um mercado financeiro que, embora otimista em alguns setores, permanece cauteloso diante de um cenário político e econômico imprevisível.