Em 2024, o mercado de trabalho formal brasileiro gerou 71 mil novas vagas ocupadas por estrangeiros, um aumento de 50,1% em relação ao ano anterior, quando o saldo foi de 47,3 mil. Esses dados foram levantados pela FecomercioSP com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os setores que mais contrataram trabalhadores estrangeiros foram a indústria de transformação, o comércio e a reparação de veículos, e serviços administrativos e de alimentação, destacando-se também o mercado catarinense, que registrou um aumento significativo de 18,9 mil novas vagas.
A maioria dos trabalhadores estrangeiros no Brasil em 2023 provinha de países da América Latina em crise, como Venezuela e Haiti, com 44,3% e 15,8%, respectivamente. Outros países como Paraguai, Argentina e Cuba também contribuíram para a força de trabalho estrangeira no Brasil. Esses migrantes, em sua maioria jovens e com escolaridade razoável, buscam melhores condições de vida, e sua presença tem gerado impactos positivos tanto na economia quanto nas políticas públicas do país.
O Brasil tem experimentado um bom desempenho no mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego recorde de 6,6%. Isso tem levado à maior inclusão de imigrantes no mercado de trabalho formal, o que beneficia tanto a produção nacional quanto os setores que demandam mais mão de obra. A FecomercioSP sugere que, diante dessa tendência, o Brasil poderia adotar políticas públicas para aproveitar melhor a contribuição dos trabalhadores estrangeiros, gerando benefícios sociais e econômicos, como acesso a crédito e direitos trabalhistas.