O mercado de fundos imobiliários (FIIs) recebeu de forma positiva as recentes declarações do governo federal, que garantiu que não haverá a tributação sobre o segmento. O alívio surgiu após o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à isenção fiscal para FIIs e Fiagros na reforma tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará uma proposta ao Congresso para formalizar a proteção tributária aos fundos, o que foi bem recebido por analistas e gestores do setor, que consideram a medida importante para a estabilidade do mercado.
Os gestores de investimentos destacam que a indústria de FIIs é essencial para o financiamento do mercado imobiliário brasileiro e alertam que a tributação seria prejudicial não apenas aos investidores, mas também à economia do país. Alessandro Vedrossi, da Valora Investimentos, afirmou que a medida protegeria uma indústria que colabora de forma significativa para a produção imobiliária no Brasil. Tiago Reis, da Suno Research, também mostrou confiança nas sinalizações do governo e reforçou a relevância econômica dos FIIs, com impacto direto na geração de empregos e na cadeia produtiva do setor imobiliário.
Flávio Cagno, da Kinea Investimentos, destacou que a segurança jurídica em relação à tributação dos FIIs é fundamental para garantir a continuidade dos investimentos na classe, especialmente por parte de investidores individuais, que representam uma parte significativa do mercado. Ele argumenta que a renúncia fiscal atual tem um impacto positivo na sociedade, oferecendo uma alternativa de financiamento para o mercado imobiliário que não depende exclusivamente da poupança, um recurso que tem apresentado queda nos últimos anos. A tranquilidade transmitida pelo governo é vista como um fator crucial para o futuro do setor.
