O mercado financeiro está em alerta nesta quarta-feira (12) devido à divulgação de dados econômicos importantes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No Brasil, a expectativa é pela divulgação do desempenho do setor de serviços em dezembro, após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostrou uma inflação de 0,16%. O mercado espera que a desaceleração da inflação não altere os planos do Banco Central, que deve seguir com o aumento da taxa de juros em março. Já nos Estados Unidos, o índice do mercado hipotecário e os dados da inflação de janeiro também têm o potencial de afetar os mercados globais.
O cenário internacional é marcado pela intensificação das tensões comerciais, com críticas à decisão de Donald Trump de aumentar tarifas sobre aço e alumínio, afetando diretamente países como Brasil, México e Coreia do Sul. A medida, que entra em vigor em março, tem gerado preocupação sobre os impactos no comércio global e nas economias envolvidas. No Brasil, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) acredita que a relação histórica entre os dois países ajudará a suavizar os efeitos dessa decisão. No entanto, a indústria do alumínio teme desvio nos fluxos internacionais e uma possível concorrência desleal no mercado interno.
No campo político e econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a economia brasileira crescerá em 2025, impulsionada pelo aumento do consumo e circulação de dinheiro. A popularidade do governo, no entanto, enfrenta desafios, com uma desaprovação que chegou a 51,4% em janeiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se reuniu com parlamentares para discutir medidas econômicas e reforçar a agenda de crescimento do país. Além disso, o Carrefour explora a possibilidade de tornar sua subsidiária brasileira, o Atacadão, uma empresa privada, o que tem movimentado o mercado de ações no Brasil.