A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 registrou um aumento pela 16ª semana consecutiva, passando de 5,50% para 5,51%, superando o teto da meta de 4,50%. Esse valor está 1,01 ponto porcentual acima do limite estabelecido pelo Banco Central. Em relação à estimativa de um mês atrás, houve um aumento de 0,52 ponto porcentual, quando o índice era de 4,99%. Quando considerado apenas o grupo de 45 projeções mais recentes, a estimativa caiu ligeiramente de 5,64% para 5,58%.
Para 2026, a mediana da inflação subiu pela sexta semana seguida, passando de 4,22% para 4,28%, após um aumento de 0,25 ponto em comparação ao mês anterior. A tendência de alta reflete um ajuste nas expectativas dos analistas, com a projeção também indicando um aumento na inflação de 2027, que passou de 3,73% para 3,74%. A meta do Banco Central para o IPCA de 2025 foi ajustada para 5,2%, mantendo-se acima do centro da meta de 3%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou a possibilidade de mais um aumento na taxa Selic, com a expectativa de um novo ajuste de 1 ponto porcentual em sua próxima reunião, prevista para março de 2025. Esse aumento faz parte da estratégia de convergência da inflação para o centro da meta no horizonte relevante, que se estende até o terceiro trimestre de 2026. A elevação nos juros tem como objetivo controlar a inflação, cujo cenário de riscos está considerado assimétrico para cima, refletindo a preocupação do comitê com a persistência da alta.