Em Nova York, a comunidade de imigrantes enfrenta um clima crescente de medo e incerteza, impulsionado por mudanças nas políticas de imigração e pela aproximação política entre o prefeito Eric Adams e o governo federal. Desde a posse do novo presidente, que prometeu intensificar as deportações, muitos imigrantes, especialmente os venezuelanos, estão temendo por sua segurança. A cidade, conhecida por seu status de “santuário”, que historicamente protegeu imigrantes, começa a ver mudanças nas políticas locais, com Adams indicando maior colaboração com o governo federal, incluindo o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas).
O impacto dessas mudanças é visível nas ruas, onde os imigrantes se escondem e evitam lugares públicos, temendo abordagens policiais. Em igrejas e centros comunitários, a sensação de vulnerabilidade é palpável, e muitos locais de acolhimento distribuem cartões vermelhos, que orientam os imigrantes sobre seus direitos caso sejam abordados pelas autoridades. A insegurança é particularmente visível entre os jovens imigrantes, como o caso de uma estudante, cujos pais temem ser deportados e tomaram precauções para garantir a custódia de seus filhos.
Embora as deportações em massa ainda não tenham sido executadas, o clima de ansiedade cresce, especialmente entre as comunidades latino-americanas. As escolas de Nova York observam a ausência de muitos alunos imigrantes, refletindo o medo generalizado. O governo local, embora afirme que a cidade ainda mantém seu status de santuário, tem adotado medidas que provocam a desconfiança entre aqueles que já enfrentam a precariedade da imigração ilegal.