O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as novas tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, considerando-as medidas contraproducentes para a economia global. Ele afirmou que iniciativas unilaterais desse tipo tendem a prejudicar o comércio internacional e promovem uma retração econômica, ao invés de contribuir para a recuperação da economia global. Haddad mencionou a reação de países como México, Canadá e China, e destacou a necessidade de se buscar soluções mais sustentáveis do ponto de vista social e ambiental.
Haddad também comentou sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de elevar as tarifas para 25%, medida que entrará em vigor em março. Embora ainda não tenha uma avaliação precisa do impacto para o Brasil, o ministro lembrou que, em 2018, os EUA haviam recuado dessa política, adotando um sistema de cotas para importação. Nesse contexto, o governo brasileiro busca retomar um papel ativo nas negociações globais, com propostas que atendam a um modelo de globalização mais equilibrado e sustentável.
O Ministério da Fazenda está organizando informações sobre as novas tarifas para reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de envolver outros ministérios nas discussões. Haddad mencionou que ainda não discutiu o impacto das tarifas com os setores de aço e alumínio, mas que pretende agendar reuniões após uma viagem ao Oriente Médio para avaliar os próximos passos do governo.